Saturday, June 9, 2007

Resultados do workshop dos sentidos


Embora o olho seja o órgão sensorial da visão, a visão inclui não só a habilidade de detectar a luz (as ondas electromagnéticas no espectro visível) e as imagens mas também a de as interpretar (ou seja, ver). Por isso, no sentido mais amplo da palavra visão (de percepção visual), esta requer a intervenção de zonas especializadas do cérebro (o córtex visual) que analisam e sintetizam a informação recolhida em termos de forma, cor, textura, relevo, etc. A visão é por isso a percepção das radiações luminosas, compreendendo todo o conjunto de mecanismos fisiológicos e psicológicos pelos quais estas radiações determinam impressões sensoriais de natureza variada, como as cores, as formas, o movimento, a distância e o relevo.

O olho é o primeiro componente deste sistema sensorial e é no seu interior que está a retina, composta de cones e bastonetes, onde se realizam os primeiros passos do processo perceptivo. A retina transmite os dados visuais, através do nervo óptico e do núcleo geniculado lateral, para o córtex cerebral. No cérebro tem então início o processo de análise e interpretação que nos permite reconstruir as distâncias, cores, movimentos e formas dos objectos que nos rodeiam.

O olho e o cérebro parecem associar as cores em pares, tais como azul e amarelo ou vermelho e verde. De alguma maneira, as cores agem como opostas. Se olharmos fixamente, por 30 segundos, uma determinada mancha de vermelho brilhante, e depois fecharmos os olhos, "veremos" a mancha em verde por alguns segundos, antes de esta desaparecer. O mesmo efeito terá lugar com o azul e amarelo. Esses pares são chamados de cores complementares.
Ao contrário de algumas outras cores, as cores complementares não se misturam eficientemente. E fácil visualizar um azul-esverdeado ou um amarelo-avermelhado, mas é impossível imaginar um verde-avermelhado ou um amarelo-azulado.
O olho não tem esses problemas quando as cores são quebradas em pedaços muito pequenos. As ilustrações coloridas deste livro são formadas de milhares de minúsc
ulos pontos de apenas 3 cores - vermelho, azul e amarelo - junto com o preto.
Eles são fundidos pelo olho para formar cores e texturas uniformes que o cérebro aceita. O padrão pode ser alargado para tamanhos muito maiores e ainda será reconhecível, mas apenas se os olhos se estreitarem de modo que as bordas dos pontos fiquem borradas.

Outra informação importante àcerca da visão, é que a informação do lado esquerdo de cada retina é levada para o lado esquerdo do cérebro e a do lado direito de cada retina para o lado direito do cérebro. Este cruzamento de informações tem lugar em um ponto chamado de quiasma óptico.




É com base em alguns destes dados, que através de imagens se consegue ludibriar o sentido da visão. No workshop dos sentidos, quase todas as imagens conseguiram provocar um efeito enganador nos participantes, movimentos, formas, expressões, que pareciam estar mas que na realidade não estavam lá.


A audição é a capacidade de reconhecer o som emitido pelo ambiente. O orgão responsável pela audição é o ouvido, capaz de captar sons até uma determinada distância.


As actividades realizadas pelos nossos colegas no campo da audição tiveram bastante sucesso. A maioria acertou em quase todos os sons que foram colocados para serem identificados. No que diz respeito à música concluímos que o efeito era de certo modo homogéneo. As músicas calmas, alusivas à natureza transmitiam paz, serenidade, às vezes solidão; a ópera sugeria contos de fadas nalguns, a música com mais batimentos, suscitava nas pessoas aquele sentimento de energia, de vivacidade, as músicas de tribos, remetiam-nos para os povos africanos.









Ao contrário do que se pensa, o paladar e o olfacto são dois sentidos que estão intimamente ligados. O sabor que damos aos alimentos muitas das vezes resultam do olfacto, mais do que do paladar. Este apenas confere a característica doce, salgado, ácido(azedo) e amargo, assim como auxilia na percepção da textura. É por isso que quando estamos constipados dizemos que os alimentos não nos sabem a nada.


Nos resultados do nosso workshop.


Paladar:
1º Teste – Identificar as soluções como doces, salgadas, ácidas ou amargas.
Doce: 100% correcto
Salgada: 100% correcto
Ácida: 20% correcto
Amarga: 0% (isto também porque depois a aspirina acabou) correcto

2º Teste – Identificar com um cotonete a região da língua onde sente doce, salgada, ácida, ou amargo.
Ponta da língua (doce): 75% correcto
Ponta e lados da língua (salgado): 88% correcto
Lados da língua (ácido): 25% correcto
Meio da língua (parte posterior): 13% correcto

3º Teste – Identificar os alimentos.
Cogumelos: 75% correcto
Cebola: 88% correcto
Maçã: 100% correcto
Chocolate: 100% correcto



Olafcto:

1(Canela): 88% correcto
2(Chá): 38% correcto
3 (Pimenta Branca): 75% correcto
4(Orégãos): 38% correcto
5(Cravinho): 0% correcto
6(Café): 100% correcto
7(Salsa): 50% correcto
8(Batom): 38% correcto

Como era de esperar, a solução doce e salgada seriam as mais fáceis de identificar. Os locais da língua não tem resultados muito concisos, visto que a nossa língua possui toda ela, papilas gustativas para o doce, salgado, ácido, amargo, no entanto existem determinadas regiões em que estas se encontram mais concentradas. O mais estranho, ou o não esperado nestes resultados, foi o caso da cebola. Sendo ela um alimento com um sabor tão forte, 100% dos participantes deveriam ter acertado, já que o fizeram na maçã que só se identifica pela textura. No entanto, as pessoas são diferentes e poderão ter sensibilidades também ela distintas e daí esta disparidade.

O grupo Pact.

1 comment:

Anonymous said...

AH!!! É bom saber, lol


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