Dentro da temática da Mente Humana, abordada pelo grupo PACT, surge o amor como um comportamento que tem origem na actividade cerebral. Tentar compreendê-lo não será seguramente uma tarefa simples, no entanto aceitámos o desafio de no mínimo desvendar alguns mistérios que se encontram por detrás deste sentimento indefinível capaz de nos levar ao limite da razão. Seguem-se algumas informações valiosas sobre este tema.

• O acto de apaixonar-se activa áreas primitivas do cérebro, o que à luz das teorias evolucionárias pode ser compreendido como um comportamento irracional do ser humano, que afecta a capacidade de fazer juízos criticos.

• O sentimento de paixão (uma primeira fase do amor) encontra-se na mesma zona onde reside a sensação da fome (emagrecer em nome do amor), libertação de dopamina (prazer...), depressão, euforia, dependência (ficar com a pessoa amada o maior tempo possível) e até o acto insano de matar.

• Quando alguém se apaixona, a actividade cerebral do seu cérebro é idêntica, em certas zonas, às de um indivíduo perturbado mentalmente.
• Existe no cérebro uma espécie de “detector de perigo da paixão” que diminui a intensidade e irracionalidade do amor pois, caso contrário, poderia levar a pessoa apaixonada à loucura ou à morte.
• A paixão tem a duração máxima de 36 meses para depois ocorrer o sentimento mais benéfico, o amor.

• Na fase mais tranquila do amor é libertado dopamina (prazer, motivação, concentração…) que provoca alterações fisiológica.
• Portanto, quando você acreditar que a sua paixão esta a acabar pela pessoa amada, fique tranquilo, que é o seu cérebro a tentar protege-lo da loucura!
A estratégia principal foi a elaboração de quatro filmes e a realização de dois destes últimos de modo a dar uma dimensão dramática à sempre flutuante condição humana perante o amor.
"O primeiro filme intitula-se “Amor a quanto me obrigas” e conta a história de um amor arrebatador capaz de levar um homem apaixonado ao limite da sua existência. Tudo gira à volta das traições da sua amada que ele finge não ver mas que o magoam bastante. No entanto, ele não é capaz de fugir desta relação já que ela lhe proporciona momentos de felicidade extrema. É assim, um filme sobre a “desconformação” entre os sentimentos e as práticas, entre a sexualidade sem culpa e a vontade de um amor tradicional, um filme sobre a turbulência da linha que tem numa ponta a realidade e na outra os valores em que estamos formatados. E, desse ponto de vista, é um filme que nos perturba intimamente porque ao contrário das histórias românticas habituais, “Amor a quanto me obrigas” tem a virtude da imprevisibilidade. Como a vida, como o amor. Nem um nem outro isentos de dificuldades, de dores, de culpa. Quanto mais perto chegamos de alguém, maior a probabilidade de nos magoarmos. Mas valeria a pena viver as coisas de outro modo?" Pedro Pinto